Respirei. Mas me falta ar.
Por um instante, fico trêmulo e ofego. No entanto, resisto e sigo. Sigo sem saber para onde; sigo sem saber para quê; simplesmente, sigo.
Penso se sigo pelo caminho mais fácil, mais seguro; seria eu medíocre? Outrora, quero me arriscar e seguir pelo nebuloso, pelo difícil; quero perder-me em um labirinto. Conseguiria eu me achar?
A incerteza nos abala, mas sem ela parecemos estagnados em uma mesmice de vida solitária, desamparada e subjetiva. Queria eu dinamismo e desafios, mas quando os tenho, recuo. Em certos momentos, inclusive, sinto a necessidade de ouvir uma opinião alheia, ainda que eu saiba que de nada adianta... na verdade, sinto medo.
Esse medo me agoniza e me atormenta; persegue-me nesta empreitada, mas somente eu posso desenhar meu rumo, pintar meu caminho e escrever minha história. Enquanto isso, sigo seguindo... não sei a razão, nem onde chegarei, mas sigo na esperança de encontrar... E de me encontrar.