domingo, 16 de outubro de 2011

Reflexão geométrica


Pare e pense. Uhum... isso mesmo que você leu. Pedi para você parar e pensar. Nesse momento você está refletindo e se perguntando: “Pensar em quê?!?”... Curioso como isso deveria ser algo natural e intrínseco ao nosso cotidiano, mas, na verdade, não o é. Resta-nos tentar entender o porquê.

É bem verdade que vivemos em um mundo globalizado, dominado pela era da informação. E da (des)informação, como consequência. Seríamos capazes de analisar, interpretar e processar tantos diferentes sons, tons e fontes? Acho até que possa ser possível, mas estou mais inclinado a pensar que a empreitada é parabólica.

Na verdade, até acredito que sim, afinal somos obrigados a nos manter atualizados e não apenas isso, mas sim críticos, mesmo quando somos quase leigos no assunto. Considerando-se a variedade de temáticas, discussões e áreas do conhecimento, maior que a própria variação do círculo cromático de Newton, um leve pitaco sempre cairá bem... O mercado “lá fora” está ferrenho e você precisa sempre se destacar. Ninguém duvida. Tampouco eu.

Agora pense a partir de um outro prisma, já explico... pense não nas notícias dos rádios, dos jornais e da televisão. Pense em você. É um exercício em tanto, é verdade, mas sempre foi realizado. Confesso que ando fugindo dessa classe. Você não? Então, está no caminho certo. Se não foge, é claro... O individualismo é destacado com uma das principais características provenientes/precursoras do sistema capitalista, no entanto, em alguns âmbitos, eu fico a procura de um modelo econômico que mais se adeque a mim.

ILuan dos SantosI

domingo, 9 de outubro de 2011

Inefavilização de um ideal: forma e conteúdo

Há alguns anos atrás esse blog foi criado. E com um propósito: o de ser um local onde os autores pudessem se expressar livremente. Toda e qualquer sorte de expressão, mas, sobretudo, seus ideais. Nascia, assim, o Ideal Inefável.

Inefável, porque partimos da premissa de que nem todos os pensamentos, nem todas as ideias, nem todos os devaneios, nem todos os ideais poderiam ser expressos por meio das palavras. Não obstante, todo o texto vir acompanhado de uma imagem que o possa apoiar. Que possa, de alguma forma, clarifical um ideal.

Dessa forma seguimos. E seguimos tratando e abordado de quase tudo: da poesia à prosa; do romance à ficção; da solidão ao amor. Sempre em uma perspectiva crítica, mas a partir da vivência pessoal. É o nosso toque especial.

Mas não escrevo para parabenizar, mas sim para problematizar. “Ideal Inefavel: pois nem sempre há uma explicação”. Será? Um ideal seria inefável, porque não tem explicação ou o seria por qualquer outra razão? Poderia sê-lo pelo simples fato de que o mesmo não quer ser explicado ou mesmo não merece explicação. Ou até porque o ideal por si só é auto-explicável e, logo, não faria sentido uma explicação. Não nos parece a metalinguagem ser um função linguística rica nesse contexto…

A partir dessa discussão, eu me questiono. Existiria um ideal inefável? Não haveria alguma forma de expressão, seja ela literária, artística, musical, enfim, que a abarcasse em sua plenitude. Prefiro ficar no âmbito da reflexão, uma vez que a resposta para tal indagação eu não a tenho. Mas após uma trajetória relativamente curta, porém expressiva, da existência desse espaço, fico com um indício de que tudo é passível de uma explicação, mesmo um ideal, à priori, dado como inefável. A questão, portanto, trata-se da forma, e não do conteúdo.

ILuan dos SantosI