Sinto uma dor. Ela me enfraquece. Ela quer me fazer enxergar...
Nunca deu atenção aos contos populares. Lembrou-se de sua querida avó contando-lhe Aquele, naquela chuvosa tarde de outono, onde o vento soprava assombrosas notas musicais – mais parecia uma sinfonia gótica.
Ela se foi. Porém não seus mitos e seus contos. Nem suas profundas lembranças. Agora, mais do que nunca, ela se fazia lembrar. A dor era tamanha.
- [...] é o dente do juízo; o dente da maturidade.
Era sua memória: daquela que em tempos de outrora, sentada na cadeira, já cansada das pernas de tanto se mover para frente e para trás, perdia-se em meio às histórias. Histórias que eram muito bem passadas para seus netos, para seus sobrinhos... para a eternidade; histórias que viriam se mostrar reais, como esta a estava sendo.
A dor daquele dente a fazia refletir sobre sua própria evolução, haja vista o tempo não a deixar pensar em nada, tampouco em si mesma. Tomou de um espelho e não sabia quem estava projetado naquela imagem. Não se reconheceu.
Era uma mulher. Dotada de uma vida adulta; quando se é criança, nunca se pensa nesses tempos; ou melhor, sempre se pensa. Queremos ser adultos, mas adultos juvenis... Não fugiu à regra. Não fujo à regra.
Essa transição é complexa, difícil: é o próprio reflexo da evolução humana.
ILuan dos SantosI
7 comentários:
Belo texto,me identifiquei com o texto.E afinal,é aquele velho ditado," a dor nos ensina Gemer"
abraço.
cara lindo..... nao sabia q vcs tinham um blog... muito legal msm... parabens.. to c muitas saudades ... bjao
Gostei muito do que escreveu, gostei mesmo!
Muito legal o blog.
Nem tudo tem explicação mesmo.
Parabéns pelo texto.
Abraços
http://www.blogonews.blogspot.com/
Vocês deveriam lançar um livro...um best seller....acharei MARA!!
ahauahauahu
Luaaaann
Lindo o texto! Me identifiquei! Me lembrou muito da minha avó, das suas histórias e como ela vê o tempo passar...
Vc é mto talentoso, parabéns!
Beijosss
Camila Affonso
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