quarta-feira, 14 de maio de 2008

My way


O sorriso do rosto já não mais corresponde à realidade. O estar ani- mado e comunicativo não seria, talvez, uma arma que mascara a solidão e a timidez? E os dias viram segundos e o mês de maio se passa. O que faz com que as pessoas fiquem cegas e não achem certas pessoas e oportunidades? Pior, o que faz com que as que as acham não as aproveite? Medo. Medo de ela estar próxima (será?) ou que seja dessas que está cega para mim. Eu, eu ainda espero.
De verões quentes a frios invernos. Frios. E nesse jogo de antíteses, são quase duas décadas completas. A experiência do sentimento de posse, que leva ao ciúme e ao simples desejo e ao gozo se foi. Quer dizer, se quer deu o ar de sua graça. No entanto, conselhos sempre vêm, mas, infelizmente, a sensação é de que nada servem. O eu interior acha que não chegou a hora, e prefere esperar, dando foco a outras tarefas. Pena carregarmos esse vilão conosco. É ele que nos faz relaxar e não ver que o doce da juventude amargou, ou, quem sabe, azedou. A gente, então, deixa de ser agente, passa à paciente. Minha paciência, extrema e exponencialmente age, corre contra a maré, ou seja, foge. Enquanto isso, eu de braços abertos e estendidos espero. Meus braços cansados estão. Caem aos poucos. Junto a eles, minhas lágrimas.


IThauan dos SantosI

4 comentários:

Ideal Inefável disse...

De um semblante verídico e real, mas triste. De fato, talvez, o medo seja o maior dos medos [e você bem me entende]. Entretanto, enquanto não nos dispusermos a enfrentá-lo, nunca teremos histórias de amor para viver, para contar, para lembrar, para saudar...
Sabemos de nossas limitações e qualidades [e de nossas prefêrencias], no entanto. De tal modo, que instríseca e incognitivamente corremos, fugimos, ausentamo-nos [propositalmente?!?]de tais "sentimentos nunca sentidos e vividos" [aí, você é quem mais entende, segundo sua própria colocão]. Realizações profissionais e pessoais, amigos, família, enfim: respaldo, todavia não de uma integralidade. Deixemos que o tempo nos leve, que a vida prossiga [que envelheçamos juntamente], mas de tal forma que possamos usufruir de um simples abraço, de um efêmero sorriso, de momentos singulares [ainda que bem pontuais] pois, nem tudo, faz-se de uma companhia.
Queria eu ter fundamentação para dizê-lo, sendo eu quem mais foge da vida... mas palavras, contudo, fazem-se confortáveis outrora...

Luan dos Santos

Ideal Inefável disse...

Somos todos atores de uma bela e complexa peça chamada VIDA.
Das mais variadas situações, permeadas por fantasias e máscaras, decorrem desse enorme palco conhecido como Mundo. Uns se destacam; estes são os queridos protagonistas; outros são antagônicos, mas ainda assim são atores principais; mas, no entanto, outros mais são os participantes: pequenos e simplórios participantes, que apenas participam passiva e incondicionalmente. Por hora, alguns permancem nesse "medíocre" papel [quem assim o definiu?]. Mas por que não ter a oportunidade de não sê-los, no entanto. E é nesse contexto que se enquadram inúmeros indivíduos; indivíduos estes que, por vezes, cansam-se de serem "pontas", mas que, possivelmente, torna-se-ão verdadeiras estrelas. Por serem ofuscados [por quem e por quê?] demoram....mas não tardam. Clichês integram-nos nesse sistema, e o tempo.... ah o tempo... esse se mostra um verdadeiro vilão e amante. Aquele por tardar; este por assegurar.

Luan dos Santos

Fiuzza? disse...

Oh, só to passando aki pra vcs paraem de falar q ñ dou atenção a vcs... Ateh q vcs escrevem legauzinho... rsrsrrs to de zoa... muito bom, Parabéns

Anônimo disse...

Q isso thauan... este eu gostei especialmente. Profundo e muito bem escrito. Não sei nem o q dizer diante do que acabei de ler. Acho q ele é o que retrata o q vem se passando também vira e mexe nos meus pensamentos (q confesso estarem muito confusos), entremeados com outras coisas inúteis e acho q outras até mesmo paradoxais! Dessa vez não vou dizer parabéns. A melhor palavra agora na verdade são duas: muito obrigada. Não deixe de escrever. Por vc e por nós tb. Beijo