quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mientras el cielo llora ...

... Escribo. Às vezes é bom retormar um hábito antigo. Um amável hábito antigo. É como rever um álbum antigo. O fato de a vida voar a ventos agressivos me impedia reviver algo que sempre fora vital em minha vida e, hoje, sei o porquê disso. Em meio a muitas aulas e trabalhos, ler além dos livros didáticos sempre é uma boa válvula de escape, mas uma prática que se sublimara à minha personalidade. A gente incorpora uma personagem; a gente vive a cena; a gente sente a página e aprecia a sintaxe das palavras.
Não é à toa a idéia de um blog, na medida em que, em pequeno, dois pequenos irmãos gêmeos apaixonados pelas imagens e palavras – o que gerava estranhamento por parte dos pais, dada a paixão infantil - diziam um dia escrever um livro. Sabe-se lá as razões que os levavam a pensar tão alto sendo tão baixos, mas o fato é que algumas vezes essas tentativas ocorreram, mas as histórias se perdiam e o tempo (vilão!), cada vez mais vilão se tornava e impedia o encontro da mocinha com seu príncipe encantado.
Muitos, em diversos tempos verbais, proclamam um império de livros e um mundo em menos preto e branco. Um livro de fato ajuda a colorir a vida humana independente das velas acesas pelo leitor. Para além disso, um conjunto de páginas escritas aguça a sensibilidade daquele que o lê e o permite um maior e melhor olhar crítico da sociedade e dos que a manejam. Será que é isso que os piratas dessa nau faminta enxerga como a ilha do tesouro perdido? Ou querem eles rumar tortuosamente a fim de ela sucumbir e o ouro ser de poucos? (In)Felizmente, a gente que lê bem sabe.


IThauan dos SantosI