quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Em busca do tesouro

Pensavam que não conseguiriam chegar ao outro continente… aquela chuva torrencial parecia que não cessaria; ao contrário, insinuava que àquela tripulação daria fim. Jamais veriam novamente o brilho do sol. Aquela noite seria a pior até então vivida.

Houve uma trégua. Pareceu-lhes que as inúmeras rezas e promessas naquele navio realizadas foram enfim ouvidas. O líder logo tomou à frente e indicou as direções a serem tomadas, pois o objetivo principal não podia ser alterado.

Longas foram as noites naquele mesmo local na esperança de que fossem recompensados. Fala-se que “lá” havia de quase tudo; todos procuravam pelas riquezas do Novo Mundo. Poucos eram os que voltavam vivos. Raros os que voltavam com algo de valioso – quando muito, com suas infelizes vidas.

Do mastro da navegação, o guia grita: “Terra à vista”. A euforia daquele instante fora suficiente para fazer a felicidade geral dos tripulantes. Ninguém mais recordava das dificuldades até então passadas. Só lhes faltava explorar o novo. E de certeza que o fariam atrás de qualquer coisa que lhes fizesse valer a pena tal empreitada.

O líder infiltrava-se em meio a todo aquele verde, mas, na verdade, ele tampouco sabia o quê procurava e em qual direção deveria seguir para encontrar o que sequer tinha conhecimento. Andava… olhava… corria… desesperava-se. Colocaria em risco toda a sua reputação frente à tripulação em prol de nada. Até que encontrou.

O tão procurado tesouro fora visto de longe. Estava mesmo em um velho baú, mas que aparentava trazer grandes riquezas. Ele como estava afastado do grupo, foi verificar em particular. Queria desfrutar daquele momento sozinho.

Difícil foi conseguir abrir aquele compartimento singular e antiquado. Mas foi mais fácil do que se imaginava, pois havia uma chave mesmo ao lado do baú. Sacou da mesma e o abriu. O mesmo que era grande, apenas guardava uma pequena jóia. Mas era de uma jóia tão bela que apenas ela valeu tamanho esforço. Aquele instante foi suficiente para ele. Podiam julgá-lo insano ou qualquer coisa assim. Mas ele nunca teria encontrado noutro lugar algo tão precioso.


|Luan dos Santos|

3 comentários:

Kalif Fatal disse...

Hum... tenho q aprender a escrever assim! Eu sou tao direto! :X Adorei!

Anônimo disse...

Achei lindo
Cassia

Vinny disse...

Nossa, não tinha lido esse post. Ele prende do começo ao fim. Muito bom ;)